domingo, 21 de agosto de 2011
Cenário
A tarde não arde
É tarde,não arderá
Na cama
Na mesa
Nenhuma chama acesa
Ninguém chama
Não há chama
(Ninguém amará.)
*Cida*
sábado, 13 de agosto de 2011
Dia dos Pais
Meu pai voou
novos ares
fez conquista espacial.
Astronauta e poeta
usa a seda das nuvens
pra brincar de "pique-esconde".
Mas o meu amor não brinca,
Antes,sossega meu descabimento:
Na ponta dos pés
alcanço suas mãos de pianista
e beijo solenemente uma saudade.
Dedico ao meu pai,Sergio Diogo Barreiros.
*Cida*
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Ganhar o dia
Ver-te de novo
foi como se
ter-te pudesse ser
novamente.
E lembrar-te a cada meia hora do dia
e meio ido em instantes
foi repartir a alegria,
fatiar o pão da manhã,
alimento da alma.
Queria o humano ser de querer
ver-te a cada vez que não te espero
e esperar-te ainda como se fingir
fosse pouco querer
como se não te esperar ter
em minhas horas de todo dia
fosse a ordem do dia
do meu dia vencer.
Vencer o dia pela manhã e ter
todo o dia como o tempo pra viver a
alegria que veio
pra ficar o dia inteiro comigo!
Cida
foi como se
ter-te pudesse ser
novamente.
E lembrar-te a cada meia hora do dia
e meio ido em instantes
foi repartir a alegria,
fatiar o pão da manhã,
alimento da alma.
Queria o humano ser de querer
ver-te a cada vez que não te espero
e esperar-te ainda como se fingir
fosse pouco querer
como se não te esperar ter
em minhas horas de todo dia
fosse a ordem do dia
do meu dia vencer.
Vencer o dia pela manhã e ter
todo o dia como o tempo pra viver a
alegria que veio
pra ficar o dia inteiro comigo!
Cida
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Dois corações
São dois corações que batem
abraçados no mesmo peito.
Assim,lado a lado convivem,
cada qual com a sua razão.
O mais tímido arrefece o ritmo
batendo pausadamente
à primeira provocação.
Outro,ousado e experiente
ecoa com mais eloquência
sempre que o jogo lhe apraz.
À mercê desses temperamentos
suporto as variações dos temas
devolvo questões insolúveis
organizo novos critérios.
Dois em um
pleiteando o mesmo espaço
cauterizando feridas
eternizando arranhões.
Queria,sim,esses personagens
cumprindo antagônicos papéis.
Prudentes,se desvencilham
impedindo novas emboscadas.
Uma razão amordaça o riso
E a outra é sorriso em desproporção;
Um coração que não se arrisca na entrega
E um coração que dissimula razão.
Sem suspeitas de equívocos
apelo ao coração mais sereno
que conserve no meu peito
o amor que tenho guardado.
Dei com os "burros n'água".
O amor que eu pensava
ter no espaço indicado
fugiu em desatino
passando para o outro lado.
-Cida-
abraçados no mesmo peito.
Assim,lado a lado convivem,
cada qual com a sua razão.
O mais tímido arrefece o ritmo
batendo pausadamente
à primeira provocação.
Outro,ousado e experiente
ecoa com mais eloquência
sempre que o jogo lhe apraz.
À mercê desses temperamentos
suporto as variações dos temas
devolvo questões insolúveis
organizo novos critérios.
Dois em um
pleiteando o mesmo espaço
cauterizando feridas
eternizando arranhões.
Queria,sim,esses personagens
cumprindo antagônicos papéis.
Prudentes,se desvencilham
impedindo novas emboscadas.
Uma razão amordaça o riso
E a outra é sorriso em desproporção;
Um coração que não se arrisca na entrega
E um coração que dissimula razão.
Sem suspeitas de equívocos
apelo ao coração mais sereno
que conserve no meu peito
o amor que tenho guardado.
Dei com os "burros n'água".
O amor que eu pensava
ter no espaço indicado
fugiu em desatino
passando para o outro lado.
-Cida-
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