quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Savoir faire
Aquela tristeza que eu tinha
voltou breve e delicada
pra que eu não me esquecesse dela...
*Cida*
20dec/12
Lá no Santa Cecília
O suor do teclado.
As mãozinhas curtas
correndo pra cá e pra lá
pra lá e pra cá
em um esforço incontido
de tocar,apenas tocar
uma inalcançável nota!
*Cida*
20dec/12
sábado, 8 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Arquiteto da vida
Lá vai Oscar
voando,circundando as montanhas do Rio,
só vida,sempre vida,sempre vivo!...
O Oscar curvilíneo.
Segue,Oscar,
coração desenhado no ar
árvore forte
na raiz da tua terra.
Vai,Oscar,
nós nos curvamos diante de tua sabedoria e obra!...
*Cida*
06.12.12
terça-feira, 27 de novembro de 2012
( Des)compor
Vestir um verso
é despir a alma das palavras,
sem pudor ou encantamento.
*Cida*
27Nov/2012
domingo, 25 de novembro de 2012
Aquiles
O amor me caça
O amor não cansa
e quase me alcança.
O amor ameaça
morder meu calcanhar.
*Cida*
24aug/2012
Fragmentos
O dia findo,meio dia,meio noite ainda
buscando o sono - impalpável sombra -,
fugidia hora a sorrir pra mim...
*Cida*
Nov/12
Infância
As freiras de mãos postas
rezavam contritas na capela da escola.
Eu era apenas um cisco
na poeira de luz dos vitrais.
*Cida* Nov/12
Pedido de Amor
Teu amor chegou no mesmo instante
em que tua voz me pedia baixinho:
- "Sonha comigo e abraça-me com carinho"!
*Cida * Nov/2012
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Aniversário de meu irmão
"Beijando teus lindos cabelos que a neve do tempo marcou..."
Êta moleque safado,dos álbuns de figurinhas,das bolas de gude, das bolas de meia,que soltava pipa com linha de cerol (que perigo era este,que não existia?!!).Que estudar que nada,agora não,vou trocar gibi e
brincar de" bafo-bafo"!...
Êta moleque,de joelhos esfolados,de pernas arranhadas,de braços ralados,atiradeira sorrateiramente escondida na cintura,sob o calção,desafiando a avó,que não admitia "essas malvadezas"!
Este homem,ainda moleque,com olhares mais sofisticados e menos definidos,só quer ouvir "eu te amo",que seu coração precisa desse alento,já que não tem mais a rua pra correr desatinado,pra jogar futebol,não sobe mais nas árvores da vizinha pra surrupiar frutas,que nunca aprendeu a nadar,e nem sabe andar de bicicleta...
Entendo. Nossos sonhos nesta altura da vida,já não são mais sonhos. São desejos,são quereres que tornam-se mais distantes porque são guiados pela nossa ansiedade...
Deprê? Pra quê? Depressa,rapaz,que o tempo não pode esperar.
Vamos deixar um pouco o passado,que é grande,maior que o presente,e talvez maior que o futuro.
Mas nem tão grande quanto o agora. Aqui podemos desejar,desejar,querer,querer,desistir,e, até mesmo mudar de opinião. Insisto, o agora é muito maior que o antes e que o depois...(..."o que será o amanhã?...")
Então vamos agora,meu irmãozinho querido,dizer e querer ouvir "eu te amo",nada tem mais importância que o amor.
É lícito querer ouvir "eu te amo", estas palavras são cristais de açúcar em nossa alma!
... "O teu coração me faz compreender,que a vida é bem pequena para tanto amor!..."
Feliz Aniversário,Tonho!
*Cida* 12.10.12
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Pautas
Eu vou compor.
Vou unir duas a duas
as mil pontas do meu sonho.
Vou compor.
Vou fugir em desatino
vou morrer de tão feliz
quando me souber feliz.
Vou cantar sem voz
cem vozes doidas articulando
o nome do meu sonho.
Massa bruta que desfalece
à primeira pressão do luar encorpado
no infinito.
Vasta inquietude noturna a se deliciar
com os lamentos
do ar santificado.
Vou juntar meu pranto ao
último canto das estrelas
Vou compor mil andorinhas
num verão fora de tempo.
*Cida*
09.06.74
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Tempo e Hora
Nós dois: agora
No mais tardar: hoje
Não me perguntes por um futuro
que longe assim o amor se distrai
e adormece à noite sob o véu escuro.
Assim, ( só espero quando alcanço)
que persista neste profundo e intenso instante
o meu amor inteiramente agora.
Vivê-lo pleno
integralmente
sem o cuidado de contar as horas.
*Cida* 06.08.12
sábado, 26 de maio de 2012
Ponta de lança
Ando sem passos
Nada alcança-me a vista
Nada credita-me um prazo.
Reinvento cem passos
No fim do caminho, a curva
é o precipício que não cala
o meu socorro em grito
Por isso cambaleando em pesadelos
Agarro tuas mãos nas minhas
Para que a força do destino
Não me arremesse contra o caos.
*Cida*
19may/12
segunda-feira, 5 de março de 2012
Busca
Fogem as ideias
do pensamento
enquanto
imagens insistentes se desvelam
em compor um sentido.
As frutas lambiam as aves
que se amavam em revoadas
treinadas por um instinto musical.
Preparo as mãos para um desencontro
táctil entre o Céu e a Terra
entre o mar e o amar
e uma rima desajuizada
ecoando em áudio profundo
nega-me uma vez mais
a palavra que procuro.
*Cida*
do pensamento
enquanto
imagens insistentes se desvelam
em compor um sentido.
As frutas lambiam as aves
que se amavam em revoadas
treinadas por um instinto musical.
Preparo as mãos para um desencontro
táctil entre o Céu e a Terra
entre o mar e o amar
e uma rima desajuizada
ecoando em áudio profundo
nega-me uma vez mais
a palavra que procuro.
*Cida*
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Quase...
Quase menti saboreando com prazer
o gosto de ferir
mordendo o lábio em um sorriso
que até então não conhecias.
Ah,minh'alma lavada e passada a limpo
na estreia de uma vingança quase literária!
Mas as palavras,conheço-as tão poucas,
fugiram sorrateiras,embaçando meu horizonte
de dominação...
Quase menti olhando nos teus olhos
premeditando a denúncia de todas as manobras
dos teus gestos em manifesto seguro.
O discurso pronto,averbado com diplomacia
permaneceu em silêncio pardo
como se guardasse todas as letras
em pedaços de versos jamais decantados.
*Cida*
o gosto de ferir
mordendo o lábio em um sorriso
que até então não conhecias.
Ah,minh'alma lavada e passada a limpo
na estreia de uma vingança quase literária!
Mas as palavras,conheço-as tão poucas,
fugiram sorrateiras,embaçando meu horizonte
de dominação...
Quase menti olhando nos teus olhos
premeditando a denúncia de todas as manobras
dos teus gestos em manifesto seguro.
O discurso pronto,averbado com diplomacia
permaneceu em silêncio pardo
como se guardasse todas as letras
em pedaços de versos jamais decantados.
*Cida*
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Des - ilusão
Tua cara
espiava-me
no redondo de meus olhos.
Aparição ou assombro?
Verdadeira,a identidade?
Num átimo de sobressalto,
retorna à casa
o Ser.
E vi no despertar do corpo
que estava redondamente enganada...
*Cida*
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