quinta-feira, 28 de abril de 2011
Ponto parágrafo
No abismo das palavras
Tua garganta vociferou urgente
A despeito de não ferir-me
Afiaste unhas e dentes
Salivando minh'alma,
Arrancando-me a pleura.
E eu?
Je pleurs...
Cida
quarta-feira, 27 de abril de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
Anjo
Um anjo caiu do céu
e tchibun
da
no concreto e espatifou.
Coitadinho do anjinho,
voou,voou,voou
com as douradas asas resplandecentes
Mas...
Tchibun
da
no chão de um novo endereço...
Certo de que estaria em boas mãos,
em braços fortes de afeto
e proteção...
Atordoado,via a si mesmo estilhaçado,
memória oca e impenetrável:
-"Você é um anjo na minha vida!"
Tchibun,
Tchibun
da no chão
onde se formava a multidão.
"Quem é ele? Quem é ela?
É ele,é ela,é dessa vida
ou de outra encarnação?"
Chora,anjinho,já podes chorar,
anônimo que és,
sem compromisso de ser valente ou piedoso.
Todos se foram em busca
do divino futuro prometido.
Nada mais tens a doar
nem mesmo a tua dor!
Recolhe tua sombra
em teu novo destino... ..
No Alto,um pássaro ferido geme seu canto!
Cida
e tchibun
da
no concreto e espatifou.
Coitadinho do anjinho,
voou,voou,voou
com as douradas asas resplandecentes
Mas...
Tchibun
da
no chão de um novo endereço...
Certo de que estaria em boas mãos,
em braços fortes de afeto
e proteção...
Atordoado,via a si mesmo estilhaçado,
memória oca e impenetrável:
-"Você é um anjo na minha vida!"
Tchibun,
Tchibun
da no chão
onde se formava a multidão.
"Quem é ele? Quem é ela?
É ele,é ela,é dessa vida
ou de outra encarnação?"
Chora,anjinho,já podes chorar,
anônimo que és,
sem compromisso de ser valente ou piedoso.
Todos se foram em busca
do divino futuro prometido.
Nada mais tens a doar
nem mesmo a tua dor!
Recolhe tua sombra
em teu novo destino... ..
No Alto,um pássaro ferido geme seu canto!
Cida
sábado, 23 de abril de 2011
Ágata
A gata sumiu no telhado
Sem macho,sem sua cria
Olhar melancólico de quem sabe
que o passado não lhe dará mais tempo
Seu caminhar leve e úmido
nem de longe lembra as sete vidas.
Ainda lhe sobram duas: viver e sobreviver
na trilha do destino que jamais encontrará...
Gata parda de olhos escuros
Sem macho,sem sua cria
Somente uma coleira (de ágata?)
lhe dá a coragem de encarar o abismo.
Cida
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Fole
Abraçado no meu peito
em encaixe de aconchego
de mim não te soltavas
respondendo aos meus apelos.
Quando a pauta assim ditava
em meus braços te encolhias
e abafando suspiros loucos
dissimulavas que rias...
Se te abrias em sorriso largo
o meu colo também te recebia
em desvarios de acordes vários
inspiravas ternas melodias.
Chegou um dia,
-tudo passa
até a folia do vento
até a onda bravia-,
Teu fôlego em desacordo
atravessou o compasso
em súbita arritmia.
Da platéia,-em vaias solenes-
até hoje procuro abrigo
Teu abraço
soltou meus braços
que pendem, mesmo sem hastes
configurando o imenso vazio.
Em gritos roucos canto sozinha
"Je suis folle,folle,folle"!
Cida - 21/04/2011
(Este é para a Kátia Silva)
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Confiando
Passei horas a fio
unindo pontas com pontos
dos fios da tua mentira.
Vislumbrei lindos bordados
pontos tão delicados
macramé de belo matiz.
perdi o fio da meada...Pouco hábil, prendas à parte,
O meu amor irrefutável
Desfiando-se a olhos vistos.
Quase morri
Por
- um
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