quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Que mal nos faz o Amor?

                               Morre o amor

                               O homem fica pra semente

                               no escuro profundo e úmido

                               de um cálice em flor.


                              Morre o amor

                              sem saltar um capítulo

                              sem revisar uma cena

                              sem esvaziar uma lembrança.


                              Amor não resiste à eternidade

                              é fio de teia, é rede sem nó...

                              não acena

                              não recua

                              não vê sofrimento

                             e se esvai como sombra de um silêncio.


                            Afinal,que mal nos faz o Amor

                            se nos beija na boca e assopra

                            doando a vida em troca

                            de um já conhecido adeus?

                          

                                                                               *Cida*

6 comentários:

  1. Dizem que tudo nessa vida é passageiro, fora o motorista e o cobrador... rs Brincadeiras à parte, queria dizer que esse poema está incrivelmente belo!
    Creio que o amor não nos faz mal, mesmo com o já esperado adeus. Até pq tudo um dia acaba, mesmo que seja nós mesmos. Os eternos ciclos nos movem e dão colorido a nossa vida. Esperar por eternidade é passar a vida e não viver. Os riscos fazem parte da vida, o que durar e nos fizer feliz é sempre de bom grado, mas a certeza não deve ser o fundamental, mas sim a felicidade.

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    1. Kátia, essa frase é ditado popular ou é sua? É ótima!!!

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  2. Cida,

    Belo poema.

    Acabei lembrando de uma bela canção:

    ..." Vai o bicho homem fruto da semente, memória
    Renascer da própria força, própria luz e fé, memória
    Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós, história
    Somos a semente, ato, mente e voz, magia

    Não tenha medo, meu menino povo, memória
    Tudo principia na própria pessoa, beleza
    Vai como a criança que não teme o tempo, mistério
    Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor, magia"

    Redescobrir - Gonzaguinha

    Bjs!!!

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  3. Cida,

    alguns poemas me impressionam mais, de modo a me fazer pensar bastante antes de emitir um comentário. Porém, sobre este seu poema, belo por sinal, já poderia comentá-lo imediatamente, mas não tive coragem. Essa sua fala remete aos românticos mais apaixonados e dramáticos. Parece bem contigo mesmo.

    Porém, sabemos bem, você e eu que o amor resiste a eternidade, até mesmo porque a obra divina é fruto de um amor maior e plural de Deus. Os homens apenas tentam amar e conhecê-lo.

    Como você mesma disse a mim, no meu blog: "Eu não sei nada. Sinto algumas coisas às vezez". Acho que foi isso que disse, não?

    O mais importante é isso: sentir alguma coisa, nem que seja de vez em quando e fazer desse sentimento algo positivo, edificante.

    Seu poema é belo, até porque dominas bem a linguagem, mas é triste como não gosto de vê-la. Gosto da sua alegria e de humor dos melhores. Suas sacadas inteligentes e inspiradoras. E espero, sinceramente, que o poema não reflita uma realidade que por hora (por hora) possa ser dura.

    Você é linda e altruísta! Conhece bem o amor que beija e não assopra. Um dia o amor há de chegar e ficar de vez. A gente não sabe dos desígnios de Deus. Apenas, que são justos.

    O poema é lindo, mas prefiro os mais luminosos!

    Beijos de quem te ama afetuosamnete!

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    1. O amor, verbo intrasitivo, é eterno. está dentro dentro de nós. Quem ama,ama esse sentimento não pode ser retirado.

      Assis Furriel está certo e expressou sua opinião com belas palavras.

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  4. Belo poema sobre tema tao complexo quanto. Só mesmo uma pessoa sensível como voce para descreve-lo, também, tao bem.

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