terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Boas - Vindas
Lá vem ele
com seus passinhos curtos
sabendo aonde pisa
querendo a vitória
sobre aquele que já retorna
vestido de sabedoria
diplomado por mérito e honra
em Prática e Ensino.
Lá vem ele
redondinho, rostinho rosado
misto de nuvem e de sol
mapeando recortes de sílabas
contando o fantástico e prometendo o impossível.
De suas mãos jorram todas as cores e brilhos;
cumprimentos aos esperançosos...
Vem, lá vem ele ganhando os ares
sorriso aberto para os mais felizes
para os mais curiosos
e para quem nele acredita.
O outro passa não menos veloz
( Pesam-lhe nas costas
planos inacabados
alegrias findas
promessas de vida
guerra e paz.)
Mas nunca se atrasa
Nunca descansa
Há um código entre os dois:
um piscar de olhos,
um agradecimento
e um aceno de adeus!
- Bem-vindo,2014!
@Cida@ 31.12.13
sábado, 28 de dezembro de 2013
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
O Natal de todos os dias
E o menino que eu trazia no colo?
O menino que estendia os bracinhos pra mim
todas as vezes que eu o visitava na Capela...
O Instituto Imaculado
tinha o Coração de Maria
bordado em cores vivas
como emblema
na veste de cada freira;
umas de rosto sorridente
outras de rosto indiferente
ostentando o mesmo molde de máscara.
Mas o menino,estou certa,olhava pra mim
e queria aquecer o meu coração.
Destemida,tomava-o no colo
Nenhuma advertência,nenhuma denúncia
Maria sempre sorrindo.
O tempo acaricia minhas memórias
e aquelas mãozinhas rosadas
ainda as sinto em meu rosto.
Hoje
Nada sei do imponente Instituto.
Tenho saudades da minha inocência
dos meus sonhos de menina
e de minhas mãos sem pecado.
O filho de Deus renasce todos os dias
e carrega-me no colo o ano inteiro.
@Cida@ 25.12.13
sábado, 14 de dezembro de 2013
Um olhar
Teus olhos sempre aquém de si mesmos
Não mostram tudo que vejo
Mas como alegram os meus!...
@@ Cida@@@ 13.01.13
Insônia
O dia findo,meio dia,meio noite ainda
buscando o sono - impalpável sombra -,
fugidia hora a sorrir pra mim.
Cida Nov/12
Plenitude
Tua ausência
atravessa meu corpo
E minh'alma se farta de
sofrer acompanhada.
@@Cida@@ 01Dec/12
Musical
As mãos da maestrina
dançam no ar
perfuram o invisível
escrevendo a voz
em todos os tons.
@@ Cida @@ @26.10.13
Fragmentos II
Um canto para amar
Amar sugere um canto
De mar
de encanto
em qualquer canto
em qualquer voz.
@@@ Cida @@@@ Dec/13
Fragmentos I
Sonhei...
E mais teria sonhado
Sem me dar conta de que
o real do meu sonho
dormia serenamente ao meu lado.
@@@ Cida@@@@@@@@ Dec13
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Zeny Montez
Foi pouco o tempo que ficaste entre nós
por isso a saudade adiantada; um horário de verão.
Vou tentar sorrir na despedida
pois não existia mau tempo que impedisse o teu sorriso.
Se acaso uma lágrima insistente percorrer o meu rosto
não me leve a mal, Zeny, ainda sou aprendiz.
Que o Pai Todo Poderoso tome conta de ti
e de todos nós que aqui permanecemos ainda
pela Sua vontade
e exigência de nossos compromissos assumidos
em ciclos de novas estações
que virão
que virão
que virão
Estaremos juntos,Zeny!Para sempre, até quando a Vida Infinita permitir!
Cida 22.10.2013
domingo, 13 de outubro de 2013
Mano e mana
És Francisco (de um parto difícil, como diz a mamãe)
Sou irmã de uma criança grande,
de um " velho de guerra "
que não manuseia armas...
Damos graças a Deus!
E chegaste no dia da Senhora Aparecida,
A que daria o meu nome um ano depois.
Francisco!
Nome forte, de quem sabe o que quer
e do que não quer...
Cansaste? Recomeça, por favor,
a cada ano vencido
e muito bem vivido !
És Francisco e eu sou Maria.
Ainda levas a vantagem da coroa do Antonio
que revela sua inteligência e talento.
Quero seguir do teu lado, mano a mano, mano e mana,
pelas trilhas traçadas há alguns séculos pelo Criador,
que nos deu mais uma chance no Globo.
Parabéns, Tonho! Deus o abençoe diariamente!
Neném
@Cida@ 12.10.2013
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Genealogia
Os olhos verdes da mulata
ardiam no quadro da sala
Ácidos
Ancestrais
Dominadores
Seiva
Tronco e
Raiz.
Dedicado à Antonieta da Cruz Pereira,minha bisavó.
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Não esperes
Nada esperes da poesia
nenhuma troca haverá
nenhum toque, nenhum troco
nenhuma garantia...
Nada esperes da poesia
além da impossível conquista
e da falsa investidura do ser.
Dá o que de ti não se entrega
sem antes deixar queimadura
na textura da tua pele.
Não esperes nada da poesia
não pronuncies
não anuncies
conversas com versos
sequer insinues comprometimento.
Lá estará ela
Juíza da própria razão
intocável, irrepreensível:
Éter, être...
Sep2013 @ Cida@
domingo, 1 de setembro de 2013
Hipérbato a minha moda
Assim eu te amo:
de trás pra frente
de depois pra agora
de lá de longe pra
cá,bem pertinho...
Agosto de 2013 Cida
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Eterna busca
Presa
na tela azul
da amplitude
a ave bate asas
procurando
a
liberdade.
26.08.13 @Cida@
domingo, 25 de agosto de 2013
Presságio
Penso no peso das noites
a pesar-me nos ombros
apesar
das claras manhãs
vindouras.
Pesadelo!
26aug/13 @@ Cida@@
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Dia dos Pais
Conta-me da saudade
com tantas contas
de
lágrimas
sobrevivemos os dois
em dimensões
tão
distantes,
papai!
Aug11/2013 @ cida @
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Confessionário
Nem culpa
nem arrependimento
A Outra me olhando
pelos cantos
nos olhos
admira-se do meu despropósito.
01Aug/13 @ Cida @
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
quinta-feira, 11 de julho de 2013
sábado, 29 de junho de 2013
Fiéis registros
Já fiz o cadastro
Olhos atentos na câmera da cabine
um cuidado pra não sorrir
um desafio pra não chorar.
Como quem deposita o envelope na Caixa de Correios
sigo altaneira meu caminho
com os passos do sem compromisso.
Chego em casa com ar de vitória
Logrei com a cara
e com certa coragem
meio dia de um dia
que parecia inviável.
Não tenho problemas
Nada a reclamar
O amor à minha espera na soleira da porta
toca o meu rosto com o mesmo carinho.
A refeição por fazer.
Os móveis reclamam do pó que os reveste.
O assoalho sem brilho traduz algo sem importância...
Capricho letras e desenhos
Leveza de rabiscos
Rasuras indecifráveis.
E o cérebro compartilhando da minha empreitada
sustentando-me com a monotonia da tarde.
Um arco com os braços
Um longilíneo abraço de piruetas e rodeios
profetizam o deslize existencial
de músculos em atrofia.
Gritos roucos em debandada
sorrisos de garatujas,-reais vencedoras-
de meu jugo infiel e implacável.
Desfiz-me no sofá da inutilidade!
@ Cida @
Jun/13
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