Entre mim e a poesia
a distância se confirma
entre o sítio e o charco
Por isso navego entre estrelas
remando sempre o mesmo barco.
Pés no chão
corro becos sem saída e
quebro a cara em muro alto.
Corrijo a postura,escamoteio a ira
relendo em silêncio o mapa em nanquim
Amanso a dor pesquisando o terreno
apalpo o solo; terreno estéril
semente seca; esterco de palha...
Se abstraio profetizo a aliança
Se manipulo em ofício
argamasso a palavra ao verso
Mas não edifico
Nem subtraio
Um é amor
Outro é a dor
Lado a lado confinados,
emudecidos
e de olhos vendados.
Cida
È! Cida,
ResponderExcluirpra uns a poesia vem fácil, flui bem.
Pra outros é edifício trabalhoso e suado!
É assim, cada qual do seu jeito. Importante é que surja, de qualquer modo, a poesia!
Sua poesia é bela, bela!
Bjs.
Conflitos que acabam propiciando belos poemas como este. Parabéns!
ResponderExcluirNossa! Seus poemas têm me tirado o fôlego! Uau!
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