O agora não é mais este instante
mas definitivamente.
Em quantas caras divide-se o mesmo espelho
que detem tua alma?
Cada fragmento exibe um sorriso de gato selvagem
no átimo do salto mortal.
Eu te amei.
Eu te amei por engano
com a ilusão que o mágico encena
rasgando cartas na mesa
dedilhando fumaça no ar...
Eu te amei consciente do mesmo engano
ao cerrar minhas mãos nas tuas
beijando a mesma boca que rosnava
em minha nuca notas rascantes de desejo...
Desejo de quê?
O mesmo desejo que me violenta à noite
impelindo-me a dormir sem fechar nenhum ciclo,
sem compreender um código da tua linguagem
e a presenciar a tua sombra desenhada no papel...
Gato selvagem que me assaltaste pelas costas,
Gato de botas que me pisoteaste feio,
como te amo,como te odeio!...
Cida
19.03.2005
Êta paixão!
ResponderExcluirBonito o poema, Cida. Como sempre profundo e cheio de significados.
Bjs e Parabéns!
Êta amigão!!!!!
ResponderExcluirObrigada por dar um significado ao que escrevo e pelo incentivo que me faz tão bem...
Beijos da Cida
Muuuuuito bom! Ahhh esses amores que nos invade... o coração fica amando e odiando. Odiando por saber que não tem forças pra negar esse amor, por não ter como decidir o rumo dos desejos...
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